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junho 04, 2011

Tempestade de Inverno


Na ludibriante noite, onde a neve é invisível no amargo soar do vento gélido.
Descubro algumas pistas do mistério que a tanto me faz refém, por que devo ainda viver ou tentar ser um humano?
Sinto, escuto, sorrio, choro... Depois não quero sentir mais nada.
Essa incompatibilidade intensa evapora meus momentos doces.
Quero correr pelos campos verdes de onde me tiraram ainda quando criança e me puseram num quarto escuro para vislumbrar as sombras que passaram perante aquela fechadura, aquela porta velha/nova.
Ainda é inverno, uma era glacial na qual não derrete nem um simples foco de neve.
Minha chances de vida, meu querido desejo vão se esvaindo quanto mais vejo essa porta fechada.
Grito loucamente para que alguém me escute, mas ninguém diz nada, só vejo o sol ir e vir através das sombras que trafegam por esse pequena fresta de luz.
Estou só, a solidão vai ser minha guia,...
Pegar minha mão e me levar onde "a priori" é dito palpável.
Pressinto o verão. Não!
São apenas mais propagandas enganosas.
A primavera abandonou-me e o dia dos dias está para passar novamente nesse mês.
Seis do seis do dois mil, uma sina de sinais a perder de vista em meus passos repetidos.
Para onde posso ir sem alguém, sozinho.
"Ao distante"?
Só poderei dizer quando alguém chegar e dizer pela porta, vou te tirar dai!
Alguém virá, talvez não!
Esquecer é fácil, ainda mais do que não se move muito, de onde barulhos só significam pessoas fragmentadas.
Então fico quieto, olho fixadamente pela janela, ainda está nevando!
Esta interminável tempestade de neve.
"Cato meus cacos e me recomponho aos poucos, por isso preparem-se, esta luta está apenas começando."