Pesquisar neste blog

abril 02, 2012

Lembranças de um sonho


Talvez seja mais fácil do que se pensa sonhar.
Nem sempre é!
Há dias que não vejo nada, as noites são simplesmente límpidas e cristalinas.
Até ontem!
Não sei se este foi um sonho, uma vontade ou um desejo.
Foi real ou irreal, ficção ou doença astral, não sei responder!
Pude sentir, o frio da distância.
Pude tocar, o calor do querer.
Inebriado por quem não quis dizer adeus, não foste parte real de meu ser.
Platônicos fariam chacotas. Trágicos chorariam. Comediantes fariam peças e graças.
Mas não consigo fazer nem um e nem outro.
Porquê?
Pelo simples e titânico sentido de gostar! Ainda querer! Sentir os passos, a lembrança viva e o gosto nunca satisfeito.
Meu segredo. Minha contemplação insana. A perseguição inacabada - impedida pelos caminhos dispersos, os vales tortuosos e na floresta um sentido de localização ineficaz!
Lá no fundo, eu sempre soube, haverá sempre algo, um sentimento primevo. Uma flor avermelhada diante do vento, em meio ao campo florido. Observando o cravo de longe. Tão perto e tão longe!
Me certifico então, estas bem! Feliz e cadente como as estrelas.
Fico aliviado, não foi um mal pressagio e tão pouco uma ferida aberta.
Foi apenas um sentimento, pequeno, guardado.
Foi apenas um sonho.
Meu! Só meu! Nesta noite e com o teu brilho enluarado.