Tão pequeno ser...
Adeus Pipoca |
Cresceu e se tornou forte.
Forte amigo.
Forte companheiro de minha mãe.
Fiel cão de guarda da mamãe.
Companheiro de todos os dias...
todas as horas... todos os lugares.
Sempre era o primeiro a pedir um banho.
Comia verduras como ninguém.
Pedia sempre a bolacha rosquinha daquela forma mais curiosa...
Se não ganhava, latia... latia... latia... insistia bravo pelo "não".
Sempre estava por perto, cuidando de nós e da casa.
Quando doente, tratávamos dele com muito carinho, pois era com carinho que ele retribuía.
Ele chorava perto de nós... avisando... sempre demonstrando um carinho...
Um carinho diferente... um carinho mais do que canino.
Um Salsichinha para não se esquecer nunca mais.
Tal amarelo ouro que parecia uma joia na vida de qualquer família.
Ai de alguém nos ameaçar, ele sempre foi o mais valente dos cães.
Não permitia ninguém maltratar-nos.
Cão protetor!
Na hora da voltinha pelo bairro... ele corria mais do que satisfeito com seus companheiros e eu - pura felicidade canina.
Cão que corria, se divertia... e até na hora do cocô só fazia se estiver por cima de um morrinho de terra, dava duas rodopiadas, e depois fazia, bem no lugar onde ensinamos a ele fazer.
Muito obediente, gostava de um sofá como ninguém.
Sempre pedia um espaço, exatamente, ele PEDIA!
Nem parecia ser um cachorro.
Adorava um pouco de atenção, gostava de deitar onde estávamos, sempre por perto, sempre uma companhia gentil.
Tinha a caminha perto da dona, feita de um colchonete limpinho e bem forradinho.
Sentia frio sempre por conta do ar condicionado do quarto - e com a patinha pedia para sair.
Nunca fazia cocô dentro de casa, ele sempre avisava quando queria alguma coisa, daquele jeitinho que só ele sabia fazer, tão simples, simplesmente humilde até o fim.
Mesmo deitado nos últimos minutos, ele perto da dona... sabia que mesmo nós não podendo fazer muito por ele, o amor nunca lhe faltou - como um amor de mãe pelo seu bebê - ele morreu perto de nós - perto do carinho dado e do carinho recebido.
Adeus meu Pipoca.
Adeus meu bassezinho.
Você sempre estará em nossos corações.
Continue cuidando da mamãe, por quê, ela nunca vai se esquecer de você, tal como todos nós!
Afinal, um dia todos nós vamos nos encontrar novamente!