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novembro 22, 2013

Muito antes de um adeus, muito perto de um novo fim


Me pego as vezes pensando. Naquele sussurro de instantes. Uma pequena olhada na esquina na noite chuvosa e escura do pensamento.
E vejo aquele vento soprando em meus ouvidos perguntas insanas e respostas diabólicas do futuro não-futuro.
Não sei o que dizer.
Fico calado. Tento ficar em silêncio.
Deixar minha mente se aquietar.
Não posso, tenho que dar uma resposta ao vento.
 ... satisfazer suas dúvidas; mergulhar minha cabeça em pensamentos longos de contínua reverberação.
Uma tentação vil, desnecessária e caduca.
Ela passa com o raiar do dia.
Sempre existe.
E pergunto ao vento... o que fiz de errado para ele me perguntar coisas tão funestras.
Acho que descobri a ultima de minhas sinas.
FOREVER ALONE!
E o vento nada mais é do que minha resposta interior a minha pergunta consciente.
Uma ação na solidão derradeira.
Agora compreendo o que é o vento.
O espírito do vento.
Imaginei o que ele seria, já que domino o saber do que é a vida da água, o corpo da terra, e o coração do fogo.
Estava errado sobre o vento?!
Indaguei tanto assim erradamente, e fiquei só por isso?
Acho que é por eu ser um cometa errante pelo espaço frio, sempre me aproximo dos sois e sois para ganhar brilho e calda, mas logo que mudo de orbita, pego impulso na gravidade, saio dessa ciclo e esbarro em nada a frente de nada só para saber que haverá mais sois.
Minhas lágrimas já correram tanto por isso.
Já desejei tanto mal para mim mesmo por isso.
Tento a cada dia, dia após dia, fingir que isso não vai acontecer de novo.
Parar de desejar isso, e conseguir sorrir sem ser chato para encontrar um pouco de atenção.
Como sou ridículo.
Sou o que sou... isso não há de mudar.
Os dias e noites em claro provaram isso.
Os choros e frios previram isso, e previram no pranto de sangue de minha alma.
Será que o cosmo não me quer por aqui?!
Eu fiz tanta coisa de errado assim quando criança para ter de suportar isso?!
Por mais cuidado e responsabilidade que eu tive, ainda não é o suficiente?!
São tantas as sombras na minha mente agora, que nem mesmo consigo achar um canto mais escuro para me esconder.
Eu sempre soube que isso ia acontecer.
Sempre, e menti para mim mesmo...
Sempre acontece, porquê seria diferente agora, ontem, amanhã?!
Ver tudo desmoronar é tão triste.
Ter de varrer os cacos, e construir outro vaso de barro é tão pesado.
Já tentei tanto moldar uma massa mais firme, mas sempre é assim...
Afinal, a vida sempre me enviou para trevas quando eu procurei a luz.
Desde criança, e eu nem sabia disso, fiquei sabendo depois de adulto.
Por mais que eu tente, meu coração ainda doe...
Ele sangra...
Minha alma geme...
Minha narrativa chora...
Meu medo cresce e me atormenta...
No fim, estou só novamente...
Como sempre estarei, e um dia estarei definitivamente só!
Meu tempo aqui é tão curto, mas parece as vezes tão longo por tudo isso.
Eu sempre procuro ser positivo, mesmo mostrando o inverso.
Sendo forte, mesmo mostrando um sorriso amigo.
Ser astuto mesmo quando só há ignorância entre os muros e as palavras.
E mesmo assim, sou o que sou, e isso não muda, ou não vai mudar.
Qual é meu objetivo?
Ser alguém da destruição ou da cura?
 E dou aquela sorriso idiota, hipócrita por natureza para pensar:" - como curar se nem me curo, ou se nem sei se estou doente?"
É uma tragicomédia, um ultraje à rigor.
Meu desafio agora, é saber varrer novamente os cacos, colocá-los novamente num pequeno recipiente e guardá-lo num pote das minhas memórias despedaçadas.
Engraçado, estou aqui a quase duas da manhã, escrevendo mensagens... ditando coisas sem sentido... e outras cheias de sentidos... tentando evitar o inevitável... 
Tolices...!
Mediocridades...!
O que eu posso fazer?
- Deixe a lágrima rolar!
- Permita a chuva cair!
- Fique o tempo necessário triste!
- Enxugue a cara!
- Tente um sorriso...
- Seja direto e sem rodeios...
- Admita o fato concreto e indiscutível...
- E DESAPEGUE-SE... ESQUEÇA... DEIXE MORRER... em pouco tempo oxigênio algum restará.
- Recomece... do zero ao um, do um ao dois... do meio ao dez... do dez ao cem... e depois?
- Não sei!
- Ninguém sabe!
... talvez eu saiba, mas quero não saber.
Quero só dormir e descansar um pouco de tudo isso, e ver o Sol me dar uma nova chance de tentar do zero.
TENTAR... e tentar... e tentar...

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