Pesquisar neste blog

agosto 15, 2012

Amarrando todos os cacos


Eu ando pelo mundo diante e através de um teclado,
Sinto as pessoas, apesar delas não me sentirem.
Vejo nos pequenos reflexos um pouco de mim mesmo,
esbarro com iguais ou semelhantes!
Tento ir mais além, mas é sempre a mesma coisa, um eu de eco em cada um e vice e versa.
Não escuto meu nome, mas tudo bem, só meus pensamento dizem ele afinal.
Esbarro novamente com algo...
Vou colando o espelho quebrado, e nos cacos tem lá a imagem essencial de cada qual que conheci...
Fiquei mais forte com isso, vi no ver do vivente o que fui, e não o que não quis ser novamente, esse sou meu eu agora.
A única ressonância desse capricho todo é um desejo velho, perdido por aí...
Eu devia sumir e esquecer, mas donde viria minha força se eu corre-se assim?
Piada minha... não corro dos meus fantasmas... durmo com ele sempre.
Alguns debaixo da cama, outros debaixo do travesseiro, outros no canto fundo dos sons que vibram no meu ouvido.
Doce coma!
Doce vida reverberada e revivida no retorno!
Obrigado por confirmar minhas suspeitas.

agosto 03, 2012

Fragmentos dos Séculos


Como é difícil para mim ver-te nos braços de outrem.
Achei que esse corpo, essa alma e esse coração tivessem superado o milenar.
Uma bela piada, afinal!
Ainda queima! 
Posso sentir isto vivo como nunca.

Olhar para teus olhos é como inundar esse cálice com as mais ternas sensações.
Sentir sua presença, é simplesmente ver o chão sumir,
Numa queda de fechar os olhos e deixar algo ser levado.
Me perturba isso...
Me constrange...
Me rasga por dentro...
Só que não posso fazer nada!
Foi minha escolha, ver seus olhos brilharem de felicidade.
Foi minha resignação que me fez cair e ser humano!

Esse espírito ascendente que balança com tua brisa,
Insano nas memórias que não vão embora,
Ansioso por saber de ti!
Somos arcanjos por isso.
Entendemos o princípio e mais ainda o fim e o depois...

Minha arvore pode até ver-me definhar a cada encontro, mas não deixarei de ser teu amigo!
Treinou-me bem...
Sou um lobo, e por isso viverei como quis viver!
Irei até o fim do horizonte pela praia,
Serei como as rochas,
Inclinadas aos céus
Areia um dia!

Agradeço teu afeto,
Tua amizade.
Admiro o sentimento que me proporcionou para me tirar do abismo.
Apenas continue a existir, pois do selo cuidarei eu!

Estarei sempre a olhar-te, não importa o tempo.
Esse será minha sina, a liberdade que escolhi...
Tornar-me completo através dos séculos vindouros!

Não falo mais em esperança para tal sentir.
Falo em esperança em poder pelo menos te sentir.
Alguem que protegerei.
Meu lar oceânico.
Meu antigo céu e passado de outras vidas seculares.
Meu primeiro amor!