Nesta noite, tal como o galopar do vento, a resposta dos meus sonhos trouxe nova luz sobre a pergunta.
Descobri na confusão mutante dos olhares o motivo; o capítulo; o dia em questão; o começo!
Porquê sentir-me-ei assim diante de meus conterrâneos.
Foi resultado daquela noite. Daquele desdém desnecessário dos olhos a que um dia devotei amizade, respeito e consideração.
É estranho, um sentimento inonimavel. Preciso de mais tempo para deixar de suspeitar do fundo onírico e achar as últimas peças.
Sem dúvida internalizei algo. Notoriamente frio; rude; maléfico; ruim da estirpe das estirpes da negação de tudo que foi bom.
Algo azedo. Dilacerantemente imprimiu-se no subconsciente e só agora foi revelado; relevador; um exímio dilema...
O que devo fazer?
Como voltar e esquecer algo que parecia nada, mas internalizou-se sorrateiramente a ponto de tamanho estrago.
Hoje sou outro. Outro eu. Vi e vivi muitas experiências novas; volto a perguntar-me, o que posso fazer para superar isso?
Sei que às coisas não voltarão a ser como eram, pois vi e senti a natureza perdida dos homens.
Meu lar foi manchado por àqueles olhos. Aquele desdém desnecessário dos olhos.
Àquelas vozes ainda ecoam. Me maldiçoarão
É impossível o tempo retroceder.
É impossível mudar o fato concreto, descrito no indescritível indiscutível e senil alvorecer do mal.
Porém, agora sei o fundo disso tudo, a origem das trevas venenosas.
Vou cuspir seus venenos um após o outro.
Matar as ninhadas de cobras que tentaram criar em meu peito.
E quem sabe algum dia recomeçar... um dia qualquer; um raiar qualquer de sol ou lua.
Hoje tenho uma luta diferente.
Vou de cabeça enfrentar dragões. Eles habitam cada corredor, espreitando, esperando o descuido alhures.
Minha luta recomeça novamente e eis uma batalha nova.
Eis um novo dia qualquer!
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