Não existe nada no mundo mais curioso do que uma segunda ou terceira passadela de olhos e sentidos pelo livro da vida.
A sensação é indescritível.
Parece algo tomando nova força, imensurável e cordial.
Uma revisão do viver seria pouco arriscado, já que pequenos lances e deslances inundam a tela na qual pintamos, print(amos) e pintamos.
Nas escolhas ou más-escolhas a constância do ar não supera sua lembrança que palpita como um coração saudoso.
Um flash, um beijo, outro clarão um desejo, e o lençol é esmagado pela força das mãos e dos dedos.
Com aproximações e distanciamento, o murmúrio da decepção releva aquilo que a sombra das palavras atinam.
Erros e acertos, um para cada (senti)metro de pele e unha que cresce em mim, sobretudo nas marcas da pele, cuja imprecisa relutância não me adotam, eu as adotei um dia, mas custo abandonar.
E o livro novamente muda de capítulo no próprio capítulo.
A(parecem) outros, em sentimentos e sentimentos que fluem para outra direção do lago das emoções.
Aparecem rostos familiares, uns já foram, outros chegaram, e alguns nem ao menos estão comigo ainda a não ser nas sombras que não consigo vê-los.
Passado, presente e futuro - parecem tudo uma coisa só.
A ilusão de sentido instaura-se.
Tudo é um caos ordenado.
Tudo é uma releitura.
Tudo é uma arte.
Uma arte de (re)Ler o mundo.
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