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agosto 17, 2016

O que pode ser o Escuro?

Para uns o céu, para outros o inferno,
desconhecido, porém nenhum pouco mudo.
Debruçam-se em medo e sussurros,
os tolos e os sem futuro.

Olhe a luz e olhe a luz das trevas.
O que sabes, sabes mesmo ver?
Será que tudo que cintila é de fato luz?
Nossos olhos nos impedem de ver.
Ver com quem eles não escolheram para dançar.
Como podem ser o escuro escuro se só sabemos como claro a luz?

Quando apago a luz, me sobra o escuro, ou o escuro sempre esteve lá, e a luz é que me sobra?
Esta natureza constante, quando a regra e a desregra se confundem, algo não aparece.
O que pode ser?
Este escuro que está em nós ou esta luz que apenas nos reflete no reflexo?

Pelos deuses, quem sou eu se só a luz me mostra?
Que verdade é essa que atua para me dissuadir de minhas dúvidas?
Quem estará certo? Platão ou Hume? Meta(ou)física?
Descrevo ou escrevo – desvelo ou oculto?
Perguntas com meias respostas...
Meias escolhas, metade sua, metade dos sentidos.
E o escuro?
Será mesmo escuro ou um "valor do escuro"?

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