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março 05, 2011

Arrepios no calor de Carnaval

Tem horas que são tão complicadas que até mesmo o que dizer engasga na garganta... simplesmente não sai.
Pelo visto a ferida foi mais profunda do que sempre imaginei, observo isso hoje, o quanto eu procuro fazer o máximo para olharem para mim, e eu sempre sou invisível... o quanto sou sozinho!
É tão difícil!!!
Gostaria que essa sensação fosse embora... mas ela insiste.
Tornou-se uma víbora que não larga a vitima mesmo depois do veneno ejaculado.
Sinto um cala frio, vejo o quanto os outros são amados e o quanto posso fazer o mesmo, mas o quanto sou transparente, vêem o que tem atrás de mim e não minha face.
Ando pela multidão tentando sair do tédio, entro na tristeza.... não pertenço a esse mundo humano.
Vivo nele, sigo suas regras, mas... não encontro no que devo mudar, será que é tão vazio assim minha ação social.
Acaba sendo chato... insuportável minha presença, vejo isso nos outros, sinto isso comigo mesmo... tento quase tudo e mesmo assim, sou o espantalho que espanta pessoas...
Acho que o conto da Bela e a Fera não termina para mim do mesmo jeito.
Este estigma é horizontal, as vezes vertical, o pior é tentar descobrir e já saber o que se pretende descobrir... sou eu!!! Agora suporte! Deixe o sangue correr mais quente e depois esfrie ele lentamente.
Deixe as horas passarem, minha solidão se mistura instantaneamente com algum tipo de repudio... acho que afinal não sou gente...
Não gosto de gente.
Ser sozinho sempre foi uma realidade para mim... ser o cometa de todo mundo...
Uma mera ferramenta sempre necessária, mas quardável na caixa de ferramentas quando já se utilizou no trabalho a que ela é própria... simplesmente esquecida! Até meus textos deixaram de existir sem que ninguém os tenha lido... Sabido o que eu sinto... a minha dor.
Bem para um carnaval, vi mais alegria do que tristezas, não me arrependi do que senti, apenas de ter sido tolo a pensar que poderia mudar um centímentro da realidade.
Não quero me selar, apesar do desejo ser forte, não sentir mais nada! Muito tentador!
No entando não quero... não sei se poderei superar essa condição... só sei que devo ler amanhã, dormir hoje.
Esquecer um pouco, que sou esquecido... deixado em meio a multidão só!
Na busca de que desistiu de mim. Mas afinal... passei algum tempo com alguém, talves seja um passo novo... ou talves seja simplesmente minha tola esperança.
Vou indo, encontrar meus sonhos.. meus pesadelos.... minhas dádivas... meu eu.

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